Seleção de bolsista AT-NS / LEGH/UFSC
Convidamos as/os interessadas/os em bolsa AT para trabalhar no projeto “Políticas da emoção e do gênero na resistência às ditaduras militares no Cone Sul”, para participarem de entrevista no dia 02/04, segunda feira, às 10h, no LEGH – Laboratório de Estudos de Gênero e História. As inscrições devem ser feitas no link https://goo.gl/forms/kXBIBDUzGDNRHwEA2 até o dia 31/03. As entrevistas serão realizadas pelo Dr. Jair Zandoná e pela Profa. Dra. Cristina Scheibe Wolff (por skype).
Essa é uma bolsa de R$ 550,00 para trabalhar por 20 horas. Os trabalhos do projeto envolvem vídeos (filmagem, edição simples), transcrição de entrevistas, participação em reuniões e eventos, realização de entrevistas de história oral, leituras e discussões com a equipe de pesquisa.
Requisitos:
– Ser graduado/a nas áreas de Ciências Humanas ou áreas afins
– Ter boa redação
– Interessar-se pelos estudos de gênero
– Ter conhecimentos de informática e de vídeo (alimentação de banco de dados e site, organização de dados de pesquisa, filmagem e edição)
* Dúvidas eventuais sobre a seleção, escrever para jzandona@gmail.com.
* A ordem das entrevistas considerará a ordem de inscrição/envio do formulário Google.
* A norma desta bolsa pode ser lida no site do CNPq através do link: http://www.cnpq.br/view/-/journal_content/56_INSTANCE_0oED/10157/100352?COMPANY_ID=10132#rn17061
Relação das inscrições homologadas para a vaga de AT/NS e horário das entrevistas
As entrevistas acontecerão no LEGH – Laboratório de Estudos de Gênero e História, CFH/UFSC, Bloco C, 2º andar, no dia 02/04/2018.
Inscrição | Horário da entrevista |
Monique Malcher de Carvalho | 10h |
Isabele Soares Parente | 10h15 |
Heitor Caramez Peixto | 10h30 |
Anna Carolina Horstmann Amorim | 10h45 |
Alan Silva de Aviz | 11h |
Thais Machado | 14h |
Publicação/Atualização 01/04/2018 às 15h
Nota do LEGH contra o assédio e em apoio a estudantes da UDESC
O Laboratório de Estudos de Gênero e História da UFSC vem a público afirmar a importância de se apurar as denúncias de assédio e violência sexual denunciadas no dia 09 de março por estudantes da UDESC. As estudantes afirmam em nota coletiva que além de terem sofrido diversas formas de assédio e violência, continuam a sentir-se ameaçadas. Para tanto é necessário que a apuração dos fatos seja realizada de forma imediata, para que sejam esclarecidas e tomadas as medidas administrativas e penais necessárias a punir responsáveis e a restabelecer um clima de segurança para as mulheres na universidade.
O assédio sexual e moral é uma forma de violência vivenciada cotidianamente por mulheres do mundo todo, colocada em evidência recentemente pela campanha #MeToo, pela qual atrizes, funcionárias do governo, jornalistas, estudantes e professoras universitárias mostraram que não se trata somente de uma violência individual, mas que estamos lidando com uma questão coletiva e política. O assédio e a violência nos atingem a todas as mulheres.
O LEGH vem trabalhando no ensino e na pesquisa com perspectiva de gênero e feminista na história há muitos anos, e sobretudo formando professoras/es e pesquisadoras/es com essas perspectivas. Compreendemos, portanto, essas questões como fundamentais para a as relações sociais, e que não pode haver uma sociedade justa sem que a equidade de gênero seja respeitada. A existência dos casos de assédio e violências de gênero dentro das próprias universidades nas quais trabalhamos mostram a importância deste trabalho de formação, e também a importância da denúncia.
Conclamamos a todas as pessoas que não deixem passar as violências sem que sejam denunciadas e apuradas.
III edição da Jornadas do Legh inicia amanhã
Queridxs,
Amanhã começa o evento mais badaladx da UFSC. As Jornadas do LEGH, em sua terceira edição, contará com uma programação maravilhosa que pode ser acessada, para maiores informações, no site do evento: https://jornadasdolegh2018.wixsite.com/
Além disso, também temos uma página no Facebook para divulgação de notícias e outras informações acerca do evento: III Jornadas do LEGH
Para aquelxs que procuram informações mais específicas sobre as mesas redondas, conferências e simpósios temáticos, segue o link dos cadernos de resumo para acesso. Aqui vocês encontrarão a programação completa do evento: http://www.legh.cfh.ufsc.br/files/2017/09/Jornadas-LEGH-caderno-de-resumos_pages.pdf
Lembramos que ouvintes também receberão certificado e serão isentos de pagamento. Para se inscrever, basta acessar o link: https://goo.gl/forms/WqJsyiLSrRL6Qndt2
E também já está disponível o link para o pagamento dxs inscritxs no evento que irão apresentar trabalho: https://fap6.fapeu.org.br/scripts/fapeufap.pl/swfwfap434
No mais, contamos com a presença de todxs para compor a linha de frente nessas jornadas. Abreijxs.
Lista de leituras LEGH 2018-1: Debates “fundadores” da teoria feminista II
Divulgamos abaixo a lista de leitura do primeiro semestre de 2018 do Laboratório de Estudos de Gênero e História. Todas e todos estão convidados para se juntar a nós nas quartas-feiras, às 14h, com início no dia 7 de março.
1. 14/03. FEMENIAS, María Luisa. Esbozo de un feminismo latinoamericano. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 11-25, Abr. 2007. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2007000100002
Responsável: Camila
2. 28/03. LAURETIS, Teresa de. Tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p. 206-241. http://marcoaureliosc.com.br/cineantropo/lauretis.pdf
Responsável: Ana Paula
3. 04/04. RICH, Adrienne. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas, Natal, v. 4, n. 05, p. 17–44, 2010. https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2309/1742
Responsável: Binah
4. 11/04. HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 5, p. 7-41, jan. 2009. ISSN 1809-4449. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773>. Acesso em: 09 mar. 2018.
Responsável: Luciana
5. 18/04. PATEMAN, Carole. Confusões patriarcais (cap. 3) In: ____ O contrato sexual. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1993.p. 38-65.
Responsável: Elaine
6. 25/04. BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Rev. Bras. Ciênc. Polít., Brasília , n. 11, p. 89-117, Aug. 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-33522013000200004&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004.
Responsável: Adaiza
7. 02/05. LUGONES, María. Colonialidad y género.Tabula Rasa. Bogotá – Colombia, n.9: 73-101, julio-diciembre, 2008. http://www.revistatabularasa.org/numero-9/05lugones.pdf
Responsável: Jair
8. 09/05. BOUTELDJA, Houria. Raça, classe e gênero: uma nova divindade de três cabeças. Cadernos de gênero e diversidade. Vol 02, N. 02 -Jul.-Dez., 2016. https://portalseer.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/20686
Responsável: Luisa
9. 16/05. SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. Trad. Rose Barboza. e-cadernos ces, 18, Universidade De Coimbra, 2012. pp. 106- 131. http://journals.openedition.org/eces/1533
Responsável: Luana
10. 23/05. BACCHETTA, Paola. Co-formações/co-produções: considerações sobre poder, sujeitos subalternos, movimentos sociais e resistência. In: TORNUIST, Carmen Susana; COELHO, Clair Castilhos; LAGO, Mara Coelho de Souza; LISBOA, Teresa Kleba (Orgs.). Leituras de resistência. Corpo, violência e poder. Vol. I. Florianópolis: Editora Mulheres, 2009, 49-74. https://www.scribd.com/document/333054267/Livro-Resistencia-Corpo-e-Poder https://www.academia.edu/3786296/Co-Formações_Co Produções_Considerações_sobre_Poder_Sujeitos_Subalternos_Movimentos_Sociais_e_Resistência
Responsável: Linaia
11. 06/06. REA, Caterina Alessandra. Sexualidades dissidentes e teoria queer pós-colonial: o caso africano. Epistemologias do Sul, Foz do Iguaçu, v. 1, n. 1, p.145-165, 2017. Acesso: https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/775/648
Responsável: Alisson
12. 13/06. ANZALDUA, Gloria. La conciencia de la mestiza: rumo a uma nova consciência. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 3, p. 704-719, Dec. 2005. Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2005000300015. Responsável: Gilmária
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ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 8, n. 1, p. 229, jan. 2000. ISSN 1806-9584. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880. Acesso em: 09 mar. 2018. Leitura para todas e todos.
13. 20/06. hooks, bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 16, p. 193-210, Jan. – Abr. 2015. http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n16/0103-3352-rbcpol-16-00193.pdf
Responsável: Michelle
14. 27/06. COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n.1, p. 99-127, Jan. – Abr. 2016. http://www.scielo.br/pdf/se/v31n1/0102-6992-se-31-01-00099.pdf
Responsável: Jeferson
15. 04/07. FALQUET, Jules. The Traffic in Women 2.0: de la economía política de la (hetero)sexualidad a la combinatoria straight. Publicado em francês em: Bidet, Annie, Galerand, Elsa, Kergoat, Danièle (coords.), 2016, Cahiers du Genre, n° especial “Actualidad del feminismo materialista”. https://julesfalquet.files.wordpress.com/2010/05/trad-esp-traffic-in-women-ii-77777779.pdf
Responsável: Gabriel
Novo boletim da Asociación Argentina para la Investiación en Historia de lasMujeres y Estudios de Género
Já está no ar o boletim número 2, de novembro de 2017, da Asociación Argentina para la Investiación en Historia de lasMujeres y Estudios de Género (AAIHMEG).
Livro da I Jornada LEGH é lançado em evento científico
Na sexta-feira passada, 27, a professora Lidia Schneider Distrot lançou o livro da I Jornada do LEGH no III Seminário Internacional de História do Tempo Presente, evento realizado na Universidade Estadual de Santa Catarina. O lançamento foi às 18h, antes da conferência de encerramento do evento, feito pelo professor Liz Sevcenko.
Estão abertas as Inscrições de resumos para as III Jornadas do LEGH
Doutorandas da UFSC são premiadas na ’25ª Jornadas de Jóvenes Investigadores’, no Paraguai
A XXV Jornada de Jóvenes Investigadores da Asociación de Universidades Grupo Montevideo (Augm) premiou as doutorandas dos Programas de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e de Pós-graduação em História, Liana Dalla Vecchia e Eloisa Rosalen. O evento ocorreu entre os dias 18 e 20 de outubro, no Paraguai, e reuniu estudantes de universidades do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai para a apresentação de trabalhos acadêmicos.
O evento ocorreu na Universidad Nacional de Itapúa, em Encarnación, e teve como tema central a “investigação sem fronteiras para a integração científica e cultural”. No total, 12 estudantes fizeram parte da delegação da UFSC.
Liana ganhou o prêmio de melhor apresentação no formato pôster na categoria “Atenção Primária à Saúde”. Ela apresentou o projeto “Práticas de Apoio Matricial no Cuidado em Saúde Mental na Atenção Primária”. Eloisa recebeu menção honrosa na categoria Gênero pela apresentação oral do trabalho “Memórias de um exílio sem volta: Família, memórias e relações de gênero no exílio sob a perspectiva de João Vicente Goulart”. Para ela, a importância do prêmio está no reconhecimento e fortalecimento da discussão sobre o tema.
Fonte: http://noticias.ufsc.br/2017/10/doutorandas-da-ufsc-sao-premiadas-na-25a-jornada-de-jovenes-investigadores-no-paraguai/#more-169752
Professora da Unicentro lança livro sobre o primeiro grupo feminino de polícia do Brasil
(Reprodução)
A criação do primeiro grupo feminino de polícia do Brasil. Foi essa a temática que motivou a professora do Departamento de História da Unicentro, Rosemeri Moreira, durante o doutorado. A tese virou livro – “Sobre Mulheres e Polícias: Polícia Feminina no Brasil – A invenção paulista (1955-1964)” -, que no último dia 04 de agosto foi lançado durante o 13º Mundos de Mulheres & Fazendo Gênero, um dos maiores eventos da América Latina sobre o assunto, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, a UFSC.
A relação da pesquisadora com a temática é anterior, do período de desenvolvimento da dissertação. “Para o mestrado eu fiz a pesquisa sobre a política de entrada das mulheres na Polícia do Paraná, em 1977, e no doutorado, então, é outro recorte temporal, mas, é o mesmo foco”, conta. O livro traz, em quatro capítulos, uma análise sobre a presença de mulheres no efetivo da Polícia Militar de São Paulo a partir do primeiro grupo de policiamento feminino criado em 1955.
Os capítulos iniciais discutem em termos teóricos e culturais como se deu a entrada das mulheres na polícia, além de apresentar o processo de seleção e formação, que acompanhou a primeira turma. Já no terceiro capítulo do livro, Rosemeri retrata o dia a dia dessas policiais depois de formadas, quando elas vão para rua. E, por fim, o último capítulo é sobre a internacionalização das polícias, saindo de São Paulo e colocando esse policiamento feminino dentro de um contexto maior.
“Inicialmente, a ideia era trabalhar desde 1955, quando é criado, até 1985, que é o fim da Ditadura Militar. Mas não tinha como. Pela minha vontade, o livro teria mais um capítulo para falar a partir de 1964 o que muda na configuração das polícias no Brasil, porque é um texto sobre a entrada das mulheres na polícia, mas é um texto também sobre a história do Brasil no período de 1955 e 1964 e sobre a história das polícias”, explica a pesquisadora.
A atuação de mulheres nas corporações policiais foi forjada sob a prerrogativa de que seriam elas as mais indicadas para atender certos tipos de ocorrência. Nas palavras da professora Rosemeri, “o trabalho delas ainda é muito voltado para a ideia desse maternal, não que elas fossem exatamente assim, mas a ideia de que ao entrarem na polícia estariam levando a sensibilidade, o amor e o carinho, que é um discurso político bem interessante e um uso do gênero bem específico”.
Além dos discursos políticos e das questões de gênero, o livro também aborda temáticas ligadas a própria história cultural, como a ideia de mulheres que é construída de forma oposta a ideia de polícia. “São duas coisas, historicamente, consideradas opostas. Para mim, isso é um ponto interessante da própria história cultural, de como foi para a sociedade aceitar, legitimar e pensar as mulheres executando uma tarefa dita como masculina”, avalia a pesquisadora.
Mesmo realizando o lançamento do livro na UFSC, a professora Rosemeri pretende lançar o material também na Unicentro, e em breve, quem desejar poderá adquirir seu exemplar pelo site da Editora Unicentro.