Projeto Mandonas
O projeto
A História das Mulheres é recente, data da segunda metade do século XX. Embora seja um sucesso editorial na disciplina História, é rara a presença de mulheres protagonistas. Mulheres que assumem liderança são costumeiramente chamadas de Mandonas. Este termo pretende desqualificá-las, questionando a sua feminilidade. Quem são estas mulheres que chamamos de Mandonas? São lideranças?
A pesquisa pretende narrar a trajetória de mulheres que se tornaram lideranças em diferentes campos no Cone Sul (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai): na política, na religião, na educação, na arte, nos movimentos sociais, nas universidades, no campo (no sertão) e nas cidades, na arte, no feminismo e no anti-feminismo. Perceber sua atuação nas eleições, nas igrejas, nos diversos tipos de feminismos e de anti-feminismos, nas redes sociais e no ensino de História. Acompanhá-las nos espaços considerados de direita, de centro e de esquerda. Construir verbetes com seus nomes, divulgar suas trajetórias, trazer novas personagens para a História e, também, novas fontes para a História das Mulheres, através da implementação do acervo do LEGH – Laboratório de Estudos de Gênero e História da UFSC.
As fontes serão buscadas na internet, em bibliotecas, livrarias de livros antigos e usados, acervos e arquivos públicos e privados; além da realização e transcrição de entrevistas utilizando a metodologia da história oral. Memórias, políticas e feminismos são categorias centrais deste projeto, desdobrando-se nas seguintes categorias de análise: mulheres, interseccionalidades, religiosidades, artivismos, anti-feminismos, movimento de mulheres, emoções e netnografias.
Palavras-chave: Mulheres, feminismos, memórias, protagonismo, religiosidade, Cone Sul.
Acesse aqui para conhecer os primeiros resultados.